Assim, ao chegar em Cusco, procuramos uma das incontáveis agências em torno da Plaza de Armas e compramos com eles ingressos para Machu e Huayna Picchu, guia para um grupo de 6 pessoas, tickets do trem, 2 noites de hospedagem em Águas Calientes e transporte até Ollantaytambo - cidade de onde partem os trens para a base das montanhas.
Nosso plano era subir o Huayna Picchu em dia e Machu Picchu no dia seguinte. Queríamos apreciar o passeio e não nos desgastar muito com correria e pressa.
A agência se comprometeu a entregar todos os vouchers em 3 das, mas não aconteceu...
Não é preciso lembrar que procurar qualquer agência foi um erro imperdoável, mas naquele momento não conhecíamos o "espírito trapaceiro" que envolve o turismo por lá. Enfim, essa trapalhada nos custou perder Huayna Picchu, pois quando a agência tentou finalmente providenciar tudo os ingressos estavam esgotados. Nos custou, também, um dia perdido em Cusco brigando com a agência para reaver o dinheiro ou conseguir que cumprissem com o contratado.
Foi um tanto quanto estressante, mas conseguimos os vouchers.
ÁGUAS CALIENTES
Conseguimos que a agência cumprisse com o combinado e fomos apanhadas no horário correto pra seguir para a estação de trem em Ollantaytambo. O trem, pontual como britânico, oferece conforto na medida para uma viagem curta e pouco espaço para bagagens. Por sorte, imaginando dificuldades, deixamos nossas malas no hostel em Cusco e levamos somente o necessário nas mochilas.
Boa parte do percurso do trem é margeando um rio que segue bravo como se lutando com as pedras de seu caminho.
A feira de artesanato local não tem preços competitivos. Cusco tem mais opções e preços melhores.
Opções para comer não faltam! E com todo tipo de culinária!
MACHU PICCHU
Nosso passeio começou bem cedo...
É preciso tomar um ônibus (incluído no ticket que tínhamos) que leva até a porta do sítio arqueológico.
Depois de tantas curvas pelos Andes, a subida não me impressionou muito. O difícil é quando dois ônibus se encontram e precisam manobrar para que os dois caibam na estradinha a poucos centímetros do abismo.
Na porta do local encontramos nosso guia, que falava inglês e portunhol. Havíamos contratado um guia que conduzisse um grupo pequeno - com no máximo 6 pessoas - e pagamos mais caro por esse detalhe... Só que... A agência nos colocou num grupo com 20!
A visita guiada dura umas 2 ou 3 horas e o resto do tempo é livre.
Gostamos do nosso guia e das explicações, mas não considero indispensável.
Dado as pesquisas prévias, sabíamos que o clima oscila muito no Peru e especialmente lá em cima. Por isso é fundamental se vestir de forma bem precavida e prática: sistema de camadas.
Primeiro coloquei bermuda de cotton e uma regata justa. Depois a calça e uma cacharrel de fleece. Por fim, a jaqueta corta vento, luvas... Sem esquecer de usar boas meias. Eu usei uma apropriada para longas caminhadas.
Na mochila muitas barras de cereal, maça, snacks, Gatorade e água.
Senti muito por não ter conseguido o ingresso para Huayna Picchu... Me preparei por meses para encarar aquela subida e até tinha feito um check-up para garantir!
Machu Picchu requer um momento de meditação e contemplação da beleza, do silêncio, da paz.
Não tive sensações ou experiências místicas, mas pude sentir - pela primeira vez - a paz em uma espécie de totalidade. Como se ali, naquele momento, aquela paz fosse tudo o que existisse.
Aquela inebriante paz que provei me fez olhar para dentro de mim com olhos que nunca tinha olhado e ver coisas que nunca tinha visto.
Para mim seria essa a grande magia, que tantos falam, do lugar: A descoberta.
A descoberta de si, do universo, da paz.
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