quinta-feira, 10 de outubro de 2013

And finally, Machu Picchu

Já tinha ouvido falar a respeito de dificuldades para comprar o ingresso no site oficial, mas, no meu caso, foram tantas dificuldades que foi impossível comprar.
Assim, ao chegar em Cusco, procuramos uma das incontáveis agências em torno da Plaza de Armas e compramos com eles ingressos para Machu e Huayna Picchu, guia para um grupo de 6 pessoas, tickets do trem, 2 noites de hospedagem em Águas Calientes e transporte até Ollantaytambo - cidade de onde partem os trens para a base das montanhas.
Nosso plano era subir o Huayna Picchu em dia e Machu Picchu no dia seguinte. Queríamos apreciar o passeio e não nos desgastar muito com correria e pressa.
A agência se comprometeu a entregar todos os vouchers em 3 das, mas não aconteceu...
Não é preciso lembrar que procurar qualquer agência foi um erro imperdoável, mas naquele momento não conhecíamos o "espírito trapaceiro" que envolve o turismo por lá. Enfim, essa trapalhada nos custou perder Huayna Picchu, pois quando a agência tentou finalmente providenciar tudo os ingressos estavam esgotados.  Nos custou, também, um dia perdido em Cusco brigando com a agência para reaver o dinheiro ou conseguir que cumprissem com o contratado.
Foi um tanto quanto estressante, mas conseguimos os vouchers.

ÁGUAS CALIENTES

Conseguimos que a agência cumprisse com o combinado e fomos apanhadas no horário correto pra seguir para a estação de trem em Ollantaytambo.  O trem, pontual como britânico, oferece conforto na medida para uma viagem curta e pouco espaço para bagagens.  Por sorte, imaginando dificuldades, deixamos nossas malas no hostel em Cusco e levamos somente o necessário nas mochilas.




Boa parte do percurso do trem é margeando um rio que segue bravo como se lutando com as pedras de seu caminho.

Certamente duas noites são necessárias apenas para quem não pretende subir o Huayna Picchu no mesmo dia de Machu Picchu, como era nosso plano inicial, pois em uma tarde é possível conhecer toda a pequena cidade - ou seria um vilarejo?



A feira de artesanato local não tem preços competitivos. Cusco tem mais opções e preços melhores.
Opções para comer não faltam! E com todo tipo de culinária!


MACHU PICCHU

Nosso passeio começou bem cedo...
É preciso tomar um ônibus (incluído no ticket que tínhamos) que leva até a porta do sítio arqueológico.
Depois de tantas curvas pelos Andes, a subida não me impressionou muito. O difícil é quando dois ônibus se encontram e precisam manobrar para que os dois caibam na estradinha a poucos centímetros do abismo.

Na porta do local encontramos nosso guia, que falava inglês e portunhol. Havíamos contratado um guia que conduzisse um grupo pequeno - com no máximo 6 pessoas - e pagamos mais caro por esse detalhe... Só que... A agência nos colocou num grupo com 20!
A visita guiada dura umas 2 ou 3 horas e o resto do tempo é livre.
Gostamos do nosso guia e das explicações, mas não considero indispensável.



 Dado as pesquisas prévias, sabíamos que o clima oscila muito no Peru e especialmente lá em cima. Por isso é fundamental se vestir de forma bem precavida e prática: sistema de camadas.
Primeiro coloquei bermuda de cotton e uma regata justa.  Depois a calça e uma cacharrel de fleece. Por fim, a jaqueta corta vento, luvas... Sem esquecer de usar boas meias. Eu usei uma apropriada para longas caminhadas.
Na mochila muitas barras de cereal, maça, snacks, Gatorade e água.


É essencial se hidratar muito bem, pois o sol nos Andes é cruel. Mas, também, era preciso consumir os líquidos com cuidado para não precisar descer para ir ao banheiro.  Programamos uma única ida ao banheiro.  Imagino que o leitor esteja se perguntando "por que não utilizar um matinho ou uma casinha daquelas ruínas?". Simples: Não existe privacidade em Machu Picchu! O lugar parece um formigueiro de turistas, tornando impossível usar um matinho de forma discreta.



Senti muito por não ter conseguido o ingresso para Huayna Picchu... Me preparei por meses para encarar aquela subida e até tinha feito um check-up para garantir!


Machu Picchu requer um momento de meditação e contemplação da beleza, do silêncio, da paz.
Não tive sensações ou experiências místicas, mas pude sentir - pela primeira vez - a paz em uma espécie de totalidade. Como se ali, naquele momento, aquela paz fosse tudo o que existisse.
Aquela inebriante paz que provei me fez olhar para dentro de mim com olhos que nunca tinha olhado e ver coisas que nunca tinha visto.
Para mim seria essa a grande magia, que tantos falam, do lugar: A descoberta.
A descoberta de si, do universo, da paz.


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